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Guardo teu olhar comigo
Tenho teu manto abrigo
Vem me amparar, vem me trazer
A voz que pode me socorrer
Pra nao sofrer a hora má
Deixo meu corpo em teu coraçao
Sabes acalmar as horas
Grave a paixao que choras
Mas vem quebrar com tuas maos
As duras setas do padecer
Pedra do céu, fogo do ser
Quieta me abre teu coraçao
Deito em teu peito largo
Guardo todo pranto amargo
Prometo a ti dia virá
Verás o filho te proteger
Te consolar e recolher
A flor de sangue da solidao
Foi piedade que inventaram
Foi seu povo que me deu
Sua mao forte de mulher
Quando tudo escureceu
Foi o mundo que me deixou
Para sempre este cravo
Este cravo, minha paixao
Que é a luz do teu rosto
Guardo sobre a pedra fria
Dobras de minha alegria
Vem me amparar, vem me trazer
A voz que pode me proteger
És minha mao, és meu querer
Piedade és toda mulher
Guardo teu olhar comigo
Tenho teu manto abrigo
Vem me amparar, vem me trazer
A voz que pode me socorrer
Pra nao sofrer a hora má
Deixo meu corpo em teu coraçao
Sabes acalmar as horas
Grave a paixao que choras
Mas vem quebrar com tuas maos
As duras setas do padecer
Pedra do céu, fogo do ser
Quieta me abre teu coraçao
Deito em teu peito largo
Guardo todo pranto amargo
Prometo a ti dia virá
Verás o filho te proteger
Te consolar e recolher
A flor de sangue de soledad
Milton Nascimento
Pietá
Pietá
Guardo teu olhar comigo
Tenho teu manto abrigo
Vem me amparar, vem me trazer
A voz que pode me socorrer
Pra nao sofrer a hora má
Deixo meu corpo em teu coraçao
Sabes acalmar as horas
Grave a paixao que choras
Mas vem quebrar com tuas maos
As duras setas do padecer
Pedra do céu, fogo do ser
Quieta me abre teu coraçao
Deito em teu peito largo
Guardo todo pranto amargo
Prometo a ti dia virá
Verás o filho te proteger
Te consolar e recolher
A flor de sangue da solidao
Foi piedade que inventaram
Foi seu povo que me deu
Sua mao forte de mulher
Quando tudo escureceu
Foi o mundo que me deixou
Para sempre este cravo
Este cravo, minha paixao
Que é a luz do teu rosto
Guardo sobre a pedra fria
Dobras de minha alegria
Vem me amparar, vem me trazer
A voz que pode me proteger
És minha mao, és meu querer
Piedade és toda mulher
Guardo teu olhar comigo
Tenho teu manto abrigo
Vem me amparar, vem me trazer
A voz que pode me socorrer
Pra nao sofrer a hora má
Deixo meu corpo em teu coraçao
Sabes acalmar as horas
Grave a paixao que choras
Mas vem quebrar com tuas maos
As duras setas do padecer
Pedra do céu, fogo do ser
Quieta me abre teu coraçao
Deito em teu peito largo
Guardo todo pranto amargo
Prometo a ti dia virá
Verás o filho te proteger
Te consolar e recolher
A flor de sangue de soledad